RODRIGUES NETTO, Leôncio Martins. (São Paulo, Brasil, 21/01/1934 – São Paulo, Brasil, 03/05/2021)
Militante socialista e trotskista, tradutor e professor universitário.
Leôncio Martins Rodrigues nasceu em São Paulo no dia 21 de janeiro de 1934 em uma família tradicional da elite local. Pouco viveu na capital em sua juventude, cresceu em diversas cidades do interior do estado de São Paulo. Seu pai ocupava um cargo na Secretaria da Agricultura no Serviço de Proteção à Caça e à Pesca que fazia a família mudar de cidade frequentemente. Passaria por Itapetininga, Taubaté, Assis e Santos naqueles anos. Após a estadia em Santos, retornou para a capital. Nesse momento, Rodrigues passou a cursar o segundo gral no colégio estadual Fernão Dias Paes. Antes mesmo de terminar a sua formação básica, decidiu cursar Direito, conseguindo um emprego em um escritório de advocacia. Contudo, desencantou-se com o ofício rapidamente, abandonando a ideia.
Rodrigues cultivou uma curiosidade matutina pela política. Interessava-se pelos cadernos de relações internacionais desde a juventude, lendo-os diariamente. Isso logo se derivou em uma vontade de se engajar politicamente. Quando tinha entre 16 e 17 anos, entrou para o Partido Socialista Brasileiro (PSB) por meio da influência de seu tio, José Calazans. Esse parente era um aliado do vereador e depois deputado estadual, os dois cargos pela cidade e pelo estado de São Paulo, Cid Franco.
Teve assim contato com a rica cultura política do PSB de São Paulo. Diferentemente da maioria dos outros estados, o PSB paulista tinha razoável influência. Participava da organização de amplas greves como a do início de 1953 quando 300 mil trabalhadores cerraram os braços durante quase um mês. O PSB compôs base de governo do prefeito de São Paulo Jânio Quadros entre 1953 e 1955, indicando secretários e influenciando em decisões. O partido também tinha no estado uma gama de intelectuais, que produziam um intenso debate sobre os rumos da legenda, como Antonio Candido de Mello e Souza, Paul Singer, Febus Gikovate, Fúlvio Abramo, Antonio Costa Corrêa, Lourival Gomes Machado, Arnaldo Pedroso d’Horta, João da Costa Pimenta, Aristides Lobo e Oliveiros Ferreira.
No entanto, Rodrigues não ficaria muito tempo no PSB, sendo cooptado por outra organização. Dentro da legenda socialista, teve contato com militantes trotskistas do Partido Socialista Revolucionário (PSR), órgão da IV Internacional no Brasil. O grupo, principalmente organizado por Hermínio Sacchetta, estava praticando entrismo no PSB. Após tomar contato com a literatura de Leon Trotsky, Rodrigues foi convencido a deixar os socialistas e se vincular ao trotskismo. Dedicar-se-ia intensamente a essa organização ao longo dos próximos seis ou sete anos. Teve assim uma breve passagem pelo PSB, assim como o seu futuro colega de militância trotskista Boris Fausto, historiador que se tornaria docente das ciências sociais da Universidade de São Paulo (USP).
No órgão da IV Internacional, que na década de 1940 se chamava PSR e depois assumiria o nome de Partido Operário Revolucionário (POR) nos anos 1950 e 1960, Rodrigues teve posições importantes. Tornou-se uma de suas lideranças, juntamente de Boris e Ruy Fausto, Tullo Vigevani, Boris Vargaftig etc., ocupando formalmente a posição de Secretário de Organização. A principal liderança do trotskismo no Brasil naquele momento, o Secretário Político do POR, foi um enviado da IV Internacional, mais precisamente uma indicação do Bureau Latino-Americano, que usava o codinome de Manuel. Trata-se do argentino Guillermo Almeyra que se tornaria docente de Ciência Política da Universidade Autônoma do México e da Universidade de Buenos Aires (UBA) décadas mais tarde. Almeyra ficou no país entre 1952 e 1954. Enquanto membro do POR, Rodrigues desenvolveu diversas atividades, entre elas atuou como delegado no IV Congresso da Quarta Internacional na França em 1954 e como representante no Bureau Latino-Americano.
Sua devoção pelo partido foi tanta que decidiu abandonar os estudos básicos para se dedicar mais à militância, contudo a situação mudaria em pouco tempo. Na segunda metade da década de 1950, estaria desestimulado com a falta de resultados, optando por deixar a atividade partidária. Enquanto estudante no colégio estadual Fernão Dias Paes, Rodrigues teve como professores os sociólogos e futuros professores da USP Fernando Henrique e Ruth Cardoso. Nesse período de desilusão, aconselhou-se com esses professores. Expuseram a possibilidade de se formar e seguir para o ensino superior. Rodrigues retomou os estudos enquanto trabalhava como escriturário na Secretaria do Trabalho, emprego que seu pai conseguira para ele. A retomada foi conturbada. Em duas oportunidades interrompeu o projeto quando se reaproximou da militância, entretanto concluiu sua formação e ingressou no curso de Ciências Sociais na USP quando tinha 25 anos.
Enquanto estudava na universidade, trabalhou na editora Difusão Europeia do Livro (DIFEL) de São Paulo como revisor literário e tradutor, conferindo as conversões do francês. Aprendera essa língua durante a militância para poder ler a correspondência trotskista editada na França. Traduziu em uma oportunidade O espírito das leis (1962) de Montesquieu conjuntamente com Fernando Henrique Cardoso.
No terceiro ano da faculdade, foi convidado pelo docente Florestan Fernandes para integrar o Centro de Sociologia Industrial e do Trabalho (CESIT), criado e dirigido por Fernando Henrique Cardoso. O projeto era vinculado à cadeira de Sociologia I de Fernandes. Rodrigues atuou como auxiliar de pesquisa.
O primeiro grupo do CESIT era formado por cinco pesquisadores: Rodrigues, Lourdes Sola, Gabriel Bolaffi, José Carlos Pereira e Celso Beisiegel. Rodrigues assumiria a direção do CESIT nos anos 1960.
Após concluir o bacharelado e a licenciatura em Ciências Sociais na antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL) em 1962, iniciou um mestrado sob a orientação de Octavio Ianni. Terminou o estudo em 1964, defendido com o título Manifestações e funções do conflito industrial em São Paulo. O texto ganharia uma versão em livro pela DIFEL em 1966. Após esse passo, fez seu doutoramento sob orientação de Florestan Fernandes. Seus interesses se deslocaram para os operários da fábrica Chrysler, no ABC, que depois se tornaria a Ford. A pesquisa, intitulada Atitudes operárias na empresa automobilística: estudo de um grupo de trabalhadores, foi defendida em 1967, tornando-se livro em 1970 pela editora Brasiliense. Esses trabalhos foram desenvolvidos em meio às pesquisas realizadas pelo grupo de pesquisadores do Cesit. Tais estudos colocaram Rodrigues entre os pioneiros da sociologia do trabalho no Brasil, juntamente dos professores da USP Juarez Brandão Lopes e Azis Simão.
Em 1969, participou da fundação do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP). Instituição de pesquisa privada financiada principalmente pela Fundação Ford. A entidade reunia principalmente professores e pesquisador perseguidos pela ditadura militar que estavam impedidos de trabalhar em instituições públicas. O grupo inicial era composto por: Boris Fausto, Cândido Procópio Ferreira de Camargo, Carlos Estevam Martins, Elza Berquó, Fernando Henrique Cardoso, Francisco Weffort, Francisco de Oliveira, José Arthur Giannotti, José Reginaldo Prandi, Juarez Rubens Brandão Lopes, Luciano Martins, Octavio Ianni, Paul Singer e Roberto Schwarz.
Em 1972, apresentaria sua tese de livre-docência em sociologia na USP, Trabalhadores e sindicatos no processo de industrialização. Dois anos depois o trabalho sairia como livro pela Brasiliense, editora da qual se tornaria conselheiro no ano seguinte, sendo responsável pelas publicações no setor de Ciências Sociais até 1975. Em 1981, tornou-se coordenador da área de Ciências Humanas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).
Ainda em 1981, assumiria a posição de professor do departamento de Ciência Política da USP. Deixa com esse movimento o departamento de Sociologia, onde realizara toda a sua formação, e se integra ao de Ciência Política. Esse deslocamento manifestar-se-ia nos seus trabalhos. Seus estudos sobre os sindicatos deram lugar às análises sobre os partidos políticos, as eleições, a composição da Câmara e as fontes de recrutamento partidário. Ao observar sua produção bibliográfica, tal transição mostra-se clara. Até o início da década de 1980, publicou Conflito Industrial e Sindicalismo no Brasil (1966), Sindicalismo e Sociedade (1968), La Clase Obrera en el Brasil (1969), Industrialização e Atitudes Operárias (1970), Trabalhadores, Sindicatos e Industrialização (1974) e Pequena e Média Empresa no Brasil (1979). A partir da década de 1980, seu âmbito de análise transfere-se para a Ciência Política, embora ainda abordasse temáticas caras à sociologia do trabalho, lançando Quem é Quem na Constituinte (1987), Partidos e Sindicatos – Escritos de Sociologias Política (1989), CUT: Os Militantes e a Ideologia (1990), O Futuro do Sindicalismo (1992), Força Sindical: Uma Análise Sócio-Política (1993), Destino do Sindicalismo (1999), Partidos Políticos, Ideologia e Composição Social (2002), La Clase Política Brasileña (2003), El Brasil de Lula. Diputados y Magistrados (2004) e Mudanças na Classe Política Brasileira (2006).
Em 1985, Rodrigues tornou-se professor do departamento de Ciência Política do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade de Campinas (UNICAMP) e aposentou-se na USP dois anos depois. A partir dos anos 1990, publicaria uma série de artigos na Revista Brasileira de Ciências Sociais, importante periódico de ciências sociais no Brasil. Seguiria lecionando na graduação e pós-graduação da UNICAMP até aposentar-se em 2003. No exterior, foi professor visitante na Université catholique de Louvain, na Bélgica entre os 1969 e 1970, ficando responsável por uma disciplina sobre sociologia do desenvolvimento. Também foi diretor de estudo associado na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS), em colaboração com o Centre de Sociologie Européenne da Maison des Sciences de l’Homme, na França em 1983.
Rodrigues foi repetidamente homenageado nos anos 2000. Foi agraciado com a Ordem Nacional do Mérito Científico em 2001. Elegeu-se como membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC) em 2005. Recebeu o Prêmio Florestan Fernandes da Sociedade Brasileira de Sociologia em 2009 e o Prêmio de Excelência Acadêmica Antônio Flávio Pierucci da Associação Nacional de Programas de Pós-graduação em Ciência Sociais em 2015.Rodrigues casou-se duas vezes ao longo da sua vida. A primeira com Arakcy Martins Rodrigues, filósofa formada na USP que se especializou em estudos sobre a saúde e se tornou docente do Departamento de Psicologia Social da USP. Separar-se-iam e Rodrigues se casaria novamente, dessa vez com a socióloga e professora da Pontifícia Universidade Católica (PUC) Maria Tereza Sadek. Rodrigues teve dois filhos, Luciana Martins Rodrigues e Daniel Martins Rodrigues. Faleceu em 2021, aos 87 anos em São Paulo.
Obra
Bibliográfica
- Conflito Industrial e Sindicalismo no Brasil. São Paulo: Difel, 1966.
- Sindicalismo e Sociedade. São Paulo: Difel, 1968.
- La Clase Obrera en el Brasil. Buenos Aires: Centro Editor de América Latina, 1969.
- Industrialização e Atitudes Operárias. São Paulo: Brasiliense, 1970.
- Trabalhadores, Sindicatos e Industrialização. São Paulo: Brasiliense, 1974.
- (com FIORE, Ottaviano de) Lenin: capitalismo de estado e burocracia. São Paulo: Perspectiva, 1978.
- (Com RATTNER, Henrique; MICELI, Sérgio; DURAND, José Carlos Garcia) Pequena e Média Empresa no Brasil. São Paulo: Símbolo, 1979.
- “Preobrajensky e a Nova Econômica”. In: PREOBRAJENSKY, Eugenio. A Nova Econômica. São Paulo: Paz e Terra, 1979, p. 9-37.
- Quem é Quem na Constituinte: uma análise sócio-política dos partidos e deputados. São Paulo: Oesp-Maltese, 1987.
- Partidos e Sindicatos – Escritos de Sociologias Política. São Paulo: Ática, 1989.
- “Desafios para o sindicalismo”. In: BUENO, Ricardo; FARO, Luiz Cesar (org.). Capital e trabalho: os melhores depoimentos do cenário sindical. Rio de Janeiro: Rio Fundo, 1989, p. 129-132.
- CUT: Os Militantes e a Ideologia. São Paulo: Paz e Terra, 1990.
- “A Transição Democrática e A Formação do PT”. In: VOL’SKII, V. V.; KALASHNIKOV, N. V. A URSS e o Brasil: Problemas da Perestroika e da modernização. Moscou: Academia da America Latina, 1990, p. 173-193.
- O declínio do sindicalismo corporativo. Rio de Janeiro: IBASE, 1991.
- “La Composition Sociale Des Cercles Dirigeants Du Parti Des Travailleurs ». In: PÉCAUT, Daniel; SORJ, Bernardo (org.). Métamorphoses de la représentation politique au Brésil et en Europe. Paris: CNRS, 1991, p. 271-292.
- “Novo Cenário Para O Sindicalismo Brasileiro”. In: VELLOSO, João Paulo dos Reis (org.). Condições para a retomada do desenvolvimento. São Paulo: Nobel, 1991, p. 185-196.
- (com VELLOSO, João Paulo dos Reis) O Futuro do Sindicalismo. São Paulo: Livraria Nobel, 1992.
- (com BITRÁN, Rafael; D’ARAUJO, María Celina Soares; DOWLING, Juan Alfonso; GORDILLO, Mónica; SCHNEIDER, Alejandro) Nuevas tendencias en el sindicalismo: Argentina-Brasil. Buenos Aires: Biblos, 1992.
- (com LESSA, Renato) Em defesa do presidencialismo. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo, 1993.
- (com CARDOSO, Adalberto Moreira) Força Sindical: Uma Análise Sócio-Política. São Paulo: Paz e Terra, 1993.
- Destino do Sindicalismo. São Paulo: Edusp, 1999.
- Partidos Políticos, Ideologia e Composição Social. São Paulo: Edusp, 2002.
- (com LAMOUNIER, Bolivar) A reforma da política. Rio de Janeiro: Fundo Nacional de Cultura, 2002.
- La Clase Política Brasileña. Buenos Aires: La Crujía, 2003.
- (com SADEK, Maria Tereza) El Brasil de Lula. Diputados y Magistrados. Buenos Aires: La Crujía, 2004.
- Mudanças na Classe Política Brasileira. São Paulo: Publifolha, 2006.
- Pobres e ricos na luta pelo poder: novas elites na política brasileira. Rio de Janeiro: Topbooks, 2014.
- “As Tendências Políticas Na Formação das Centrais Sindicais”. In: BOITO, Armando; et al. O sindicalismo brasileiro nos anos 80. São Paulo: Paz e Terra, 1991, p. 11-42.
- “O Declínio do Sindicalismo Corporativo”. In: GOMES, Ângela de Castro. Trabalho e previdência. Rio de Janeiro: FGV, 1992, p. 21-45.
- “The Erosion of a Heritage: The Crisis of Corporatist Union”. In: INSTITUTE OF LATIN AMERICAN STUDIES. Brazil: The Struggle for Modernisation. Londres: Institute of Latin American Studies, 1993, p. 30-38.
- “O PCB: os dirigentes e a organização”. In: FAUSTO, Boris (org.). História geral da civilização brasileira: o Brasil Republicano. Sociedade e política (1930-1964). Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996, p. 361-443.
- “Las Elecciones Brasileñas de 1994: Una Nueva Correlación de Fuerzas”. In: TELLA, Torcuato Di (org.). Crisis de Representatividad y Sistemas de Partidos Políticos. Buenos Aires: Grupo Editor Latinoamericano, 1998, p. 197-217.
- “Perspectivas para o sindicalismo no século XXI”. In: CASTRO, Antônio Barros de (org.). O futuro da indústria no Brasil e no mundo: os desafios do século XXI. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
- “Um intelectual da velha guarda”. In: BASBAUM, Hersch Wladimir. Cartas ao comitê central: história sincera de um sonhador. São Paulo: Discurso Editorial, 1999, p. 7-11.
- “Partido dos Trabalhadores, Composición Social de su Liderazgo”. In: TELLA, Torcuato Di (org.). Repertorio Político Latinoamericano. Buenos Aires: Siglo XXI; Instituto Di Tella, 2007, p. 592-598.
- “Partidos Politicos, Ideologia y Clase Social (Brasil)”. In: TELLA, Torcuato Di (org.). Repertorio Político Latinoamericano. Buenos Aires: Siglo XXI; Instituto Di Tella, 2007, p. 621-623.
- “Sindicalismo e classe operária (1930-1964)”. In: FAUSTO, Boris (org.). História Geral da Civilização Brasileira: O Brasil Republicano. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007, p. 603-660.
- “Sistema de partidos políticos, Brasil”. In: TELLA, Torcuato Di (org.). Repertorio Político Latinoamericano. Buenos Aires: Siglo XXI/Instituto Di Tella, 2007, p. 483-487.
- “Reforma Política – Para quê?” In: VELLOSO, João Paulo dos Reis; ALBUQUERQUE, Roberto Cavalcanti de (org.). A Verdadeira Revolução Brasileira. Rio de Janeiro: José Olympio, 2008, p. 250-262.
- “Fernando Henrique Cardoso: a ciência e a política como vocação”. In: BOTELHO, André; SCHWARCZ, Lilia Moritz (org.). Um Enigma chamado Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2009, p. 390-405.
Traduções
- SOROKIN, Pitirim. “Espaço Social, Distância Social e Posição Social”. In: CARDOSO, Fernando Henrique; IANNI, Octávio (org.). Homem e Sociedade. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1961.
- POUQUET, Jean. Os desertos. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1962.
- CARDOSO, Fernando Henrique; RODRIGUES, Leôncio Martins. Do Espírito das Leis. São Paulo: Difel, 1963.
- PREOBRAJENSY, Eugenio. A nova econômica. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
Cómo citar esta entrada: Castro, João Victor Lourenço de y Maldonado, Luccas Eduardo (2021), “Rodrigues, Leôncio”, en Diccionario biográfico de las izquierdas latinoamericanas. Disponible en https://diccionario.cedinci.org